terça-feira, 5 de julho de 2011

Educação como ferramenta de controle da hipertensão: ações do enfermeiro.

Prof. Esp. Weslley Lieverson Nogueira do Carmo

RESUMO

A hipertensão é uma doença grave e que pode, além de interferir na qualidade de vida das pessoas acometidas, resultar na gênese de outras enfermidades - proporciona lesões graves em órgãos-alvo como coração, rins, retina, cérebro, que podem levar o indivíduo à dependência física ou até a morte. Esta pesquisa trata-se de uma revisão de literatura com o objetivo de analisar as publicações acerca da educação como ferramenta de controle da hipertensão dando ênfase ao papel do enfermeiro na educação do hipertenso. Realizada em junho de 2011 nas bases de dados da Scielo, Lilacs e Medline, em busca de publicações entre 2000 e 2011, a partir das palavras chaves: “educação, “hipertensão” e “enfermagem”, chegando a 8 artigos concernentes à temática. Na conclusão pode-se afirmar que o ato educativo, assim como um medicamento específico, é uma ferramenta indispensável no tratamento de pacientes hipertensos, e que é papel intrínseco do profissional enfermeiro.

Palavras chave: educação, hipertensão e enfermagem.


INTRODUÇÃO

Segundo o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus Ministério da Saúde (2001) a hipertensão arterial é um problema de saúde Há algumas décadas, as doenças do aparelho circulatório ou cardiovasculares são a primeiracausa de morte no Brasil.

Pode se dizer que é uma doença silenciosa e que traz consigo severos agravos à saúde, representando um grave problema de saúde pública. Perigosa não só por ceifar a vida, mas também por tolher o paciente de tê-la com qualidade. Como escreve:

Sua evolução clínica é lenta, possui uma multiplicidadede fatores e, quando não tratada adequadamente, traz graves complicações, temporárias ou permanentes. Representa elevado custo financeiro à sociedade, principalmente por sua ocorrência associada a agravos como doença cerebrovascular, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca e renal crônicas, doença vascular de extremidades. Sua característica crônica e silenciosa dificulta a percepção dos sujeitos portadores do problema. Torna-se assim “perversa” por sua invisibilidade, e acaba por comprometer a qualidade de vida. Traz, ainda, como consequências, internações e procedimentos técnicos de alta complexidade, levando ao absenteísmo no trabalho, óbitos e aposentadorias precoces, comprometendo a qualidade de vida dos grupos sociais mais vulneráveis. (TOLEDO, RODRIGUES e CHIESA, 2007).

Santos etall (2005) (enfermeiras) em sua obra: “Adesão do cliente hipertenso ao tratamento: análise com abordagem interdisciplinar” reforçam a necessidade da educação e ressalta a importância que o enfermeiro tem dentro da abordagem interdisciplinar, tendo em vista formação focada no cuidado e na orientação acerca do auto cuidado deste profissional, sendo este profissional apto a colaborar tanto na assistência prestada a esse grupo de pacientes quanto a prestar esclarecimentos acerca de diagnóstico, medidas de controle, monitoração, tratamento e prognóstico desta patologia.

Considerada assassina silenciosa, é o maior problema médico-social dos países desenvolvidos e em muitos dos emergentes. Mesmo conhecendo-se a eficácia, a efetividade e a eficiência de várias das medidas preventivas, de controles disponíveis, sejam ou não farmacológicas, a hipertensão continuará, por décadas, representando um dos maiores desafios em saúde e um dos maiores ônus para o próprio hipertenso e para a sociedade [...] A prevalência da hipertensão é inversamente proporcional à escolaridade e renda, isto é, quanto maior o grau de instrução e capacidade econômica, menor a incidência devido a maior nível de cuidados com a saúde [...] é imprescindível a atuação integralizada e interdisciplinar da equipe de saúde, em particular do enfermeiro, por ser um educador em saúde de formação; através do desenvolvimentode estratégias de educação em saúde, objetivando a conscientização sobre a busca e manutençãoda saúde. (SANTOS et all, 2005).

Silva e Cunha (2000) afirmam que o enfermeiro é um profissional preparado, que recebeu treinamento especializado, e que este é indispensável na orientação e educação dos pacientes acometidos pela hipertensão arterial, o que resulta em uma maior qualidade da assistência prestada a esse paciente. Os mesmos autores afirmam ainda que:

O enfermeiro em qualquer campo de atuação, seja no ensino, na assistência, em serviço é um educador, tal função é tão importante quanto o assistencial, administrativo ou científico, pois estas sem a educação, deixam de ter significado. É fundamental que o enfermeiro adquira uma visão educativado seu trabalho perante a equipe, familiares e comunidade, onde possui habilidades para desenvolver programas educativos e de orientação, mostrando que a prevenção é muito lucrativa tanto para o sistema de saúde, quanto para o fornecimento de uma assistência adequada, visando sempreas necessidades humanas básicas de cada indivíduo. [...] Pode-se dizer que a hipertensão arterial é um dos maiores desafios para a saúde pública, onde cabe ao enfermeiro exercero seu papel de educador em qualquer campo de atuação, seja no ensino ou em serviço, pois, tal função é tão importantequanto a assistencial, administrativa ou cientifica.(SILVA e CUNHA, 2000).

Diante desta colocação surge a necessidade de uma reflexão sobre as ações do enfermeiro concernente à educação dos pacientes hipertensos por este profissional atendido.

Este estudo tem como objetivo analisar as publicações acerca da educação como ferramenta de controle da hipertensão dando ênfase ao papel do enfermeiro na educação do hipertenso.

METODOLOGIA

Esta pesquisa trata-se de uma revisão da literatura com objetivo de analisar as publicações acerca da educação como ferramenta de controle da hipertensão.

Esta pesquisa foi realizada em junho de 2011. Os resultados são apresentados com base em artigos sobre a temática proposta, publicados nas bases de dados da Scielo, Lilacs e Medline, entre 2000 e 2011. O critério de inclusão das obras nesta pesquisa foi a abordagem das palavras chaves: “educação, “hipertensão” e “enfermagem”, sendo excluídos da pesquisa todos que fugiam a essa temática. Foram selecionados 8 obras, que foram fichados e analisados.

DESENVOLVIMENTO

Hipertensão, fatores de risco e a enfermagem.

A hipertensão é, sabidamente, uma doença de alta prevalência nacional e mundial (TOLEDO, RODRIGUES e CHIESA, 2007). E, portanto, se faz necessário um conhecimento aprofundado acerca de sua etiologia, formas de diagnóstico, terapêuticas e prognóstico.

Chaves et all (2007) apontam a hipertensão arterial como uma síndrome caracterizada pela presença de níveis de pressão arterial elevados, associados a alterações hormonais e, no metabolismo, a fenômenos tróficos. Quando se encontra em estágio avançado, proporciona lesões graves em órgãos-alvo como coração, rins, retina, cérebro, que podem levar o indivíduo à dependência física ou até a morte. Da mesma forma que em outras partes do mundo, faz-se importante o seu reconhecimento como um grande problema de saúde no Brasil.

Para Ribeiro e Araújo (2007) a pressão arterial elevada deve ser monitorada a intervalos regulares, porque a hipertensão é uma condição para o resto da vida. Tendo como meta do tratamento evitar a morte e as complicações ao atingir e manter a pressão arterial mais baixa que 140/90 mmHg.

Dentre os fatores de risco ligados à hipertensão arterial se pode citar, segundo Chaves et all (2007), hereditariedade, sedentarismo, tabagismo, etilismo, ingestão elevada de sal e obesidade, segundo esta mesma obra, o sucesso no seu tratamento inclui, além da utilização do medicamento, a mudança dos hábitos de vida referentes aos fatores citados.

Estas afirmações são norteadoras para uma reflexão das ações educacionais que o enfermeiro pode desenvolver com seus pacientes. O enfermeiro deve ser capaz de envolver o seu paciente no tratamento de forma consciente orientando-o acerca dos riscos e benefícios envolvidos, para que este seja um agente ativo na promoção de sua saúde, cabe ao enfermeiro orientá-lo sobre o autocuidado. Tendo em vista que é o cliente quem avalia a qualidade da assistência prestada, e com base nessa avaliação, ele pode assumir ou não um comprometimento com o seu tratamento, este deve ser muito bem orientado em todas as etapas do cuidado prestado a ele, como demonstra Santos et all (2005) quando afirma que a educação do cliente tem como objetivo maior o seu engajamento para o autocuidado, aderindo ao esquema terapêutico e preventivo, a fim de que ele atinja o melhor nível de saúde, consequentemente, a melhor qualidade de vida possível.

Para Menezes e Gobbi (2010) é necessário que o enfermeiro tenha, além da competência técnica e fundamentação científica, o conhecimento dos aspectos emocionais e das necessidades individuais de cada paciente, as autoras em seu discurso afirmam ainda que deve o a equipe de saúde deve enfatizar a mudança no estilo de vida, principalmente nos fatores de risco modificáveis, já que idade (idosos), sexo (mulheres), etnia (afro descendentes) são fatores os quais não podem ser modificados.

Resultados da pesquisa

A pesquisa resultou na seleção de artigos, publicados entre 2000 e 2011, Sendo estes divididos de forma bienal (Tabela 1) todos pertinentes à temática educação como ferramenta de controle da hipertensão.

Tabela 1 – distribuição dos artigos segundo período de publicação

Ano de publicação

N

%

2000 – 2001

2

25

2002 – 2003

1

12,5

2004 – 2005

1

12,5

2006 – 2007

3

37,5

2008 – 2009

-

-

2009 - 2010

1

12,5

Total

8

100%

Os dados indicam que houve uma oscilação no número de publicações nesta última década, com maior concentração no período de 2006 e 2007 e um significativo declínio nos últimos anos. Pode-se também sugerir, tendo em vista o grande número de faculdades que ofertam o curso de graduação em enfermagem, que há pouco publicado sobre a temática aqui abordada. Chaves et all (2007) também concordam que há uma déficit no número de publicações quando afirma:

Em geral, são poucos os estudos que avaliam a eficácia das estratégias de educação em saúde utilizadas pelos enfermeiros para portadores de hipertensão arterial. Os estudos abordam de uma forma mais específica um ou outro aspecto importante para o controle da hipertensão arterial, como por exemplo, atividade física ou hábitos alimentares, ou enfocam a hipertensão em conjunto com outras doenças, como diabetes mellitus e problemas cardíacos já instalados. Além disso, abordam muito mais o processo de orientação do que a avaliação da eficácia das intervenções realizadas. Portanto, faz-se importante o desenvolvimento de pesquisas que busquem conhecer como as estratégias de educação em saúde veem se desenvolvendo, e se são realmente eficazes para os indivíduos com hipertensão arterial. (CHAVES et all, 2007)

Dessa forma devem-se buscar estratégias para fomentar a discussão da temática tanto no ambiente acadêmico quanto na área de atuação profissional, pois tendo em vista a relevância do tema encontrado no discurso dos autores.

Pode-se também dizer, com base no que afirma Toledo, Rodrigues e Chiesa (2007) “As experiências educativas com usuários portadores de hipertensão são incipientes e em pequena medida se reportam à perspectiva de formação da “consciência crítica” sobre saúde” que é grande a necessidade de aprofundamento na temática, tendo em vista a necessidade de uma orientação clara e específica aos clientes, de forma que essa “consciência crítica” seja aprofundada na hipertensão arterial não somente sobre saúde.

É importante ressaltar que os usuários de saúde não são consumidores apenas, por exemplo, das orientações, dos grupos educativos, são, além disso, agentes/coprodutores de um processo educativo. Possuem uma dupla dimensão no processo: são ao mesmo tempo objetos de trabalho dos agentes educativos e sujeitos de sua própria educação. A construção de um cuidado aderente às necessidades dos grupos sociais incorpora essa dimensão educativa emancipatória. (TOLEDO, RODRIGUES e CHIESA, 2007).

Deve-se pensar em uma educação que vá além da transmissão de informação, mas que possa envolver/encantar o cliente, fazendo que ele tenha a sensação de que depende, também, dele o sucesso no tratamento de sua enfermidade. Tendo a preocupação de não fazer com que essa orientação se dê de forma a cortar o vínculo cliente-profissional, pois pode ser que o cliente leva levado a pensar que precisa mais de orientações e cuidados da equipe de saúde, esse aspecto também deve ser incorporado às práticas de educação em saúde – um exemplo claro é a automedicação que pode ser induzida, quando não bem orientado pelo profissional de saúde.

Quando se estabelece um diálogo entre os autores se percebe um consenso no que concerne à educação como ferramenta de controle da hipertensão (Tabela 2).

Tabela 2. Concepção dos autores acerca da educação como ferramenta controle da hipertensão

AUTOR

CONCEITO

RIBEIRO e ARAÚJO (2007)

Sabe-se que, toda mudança requer um processo educativo, e esse se dá de uma forma lenta e deve ser contínuo.

SILVA e CUNHA (2000)

O Enfermeiro com o seu preparo e habilidade, torna-se imprescindível na orientação e educação do paciente portador de Hipertensão Arterial, contribuindo para assegurar uma assistência de qualidade.[...] É fundamental que o enfermeiro adquira uma visão educativa do seu trabalho perante a equipe, familiares e comunidade, onde possui habilidades para desenvolver programas

educativos e de orientação, mostrando que a prevenção é muito lucrativa tanto para o sistema de saúde, quanto para o fornecimento de uma assistência adequada, visando sempre as necessidades humanas básicas de cada indivíduo.

MENEZES e GOBBI (2010)

A enfermagem em saúde da família deve atuar na promoção e prevenção da saúde, intervindo nos fatores de risco cardiovasculares associados como tabagismo, alcoolismo, alimentação inadequada, estresse e falta de atividade física, além de envolver os familiares em ações educativas, para que estes se tornem motivadores da adesão aos métodos propostos. Estratégias lúdicas, grupos, palestras educativas, o apoio físico e psicológico e a atuação de uma equipe multiprofissional são de suma importância para se alcançar resultados significativos tanto para o paciente e sua família, como para a população.

TOLEDO, RODRIGUES E CHIESA (2007)

Acreditamos que a educação em saúde consiste em um dos principais elementos da promoção da saúde e, portanto, para melhores condições de vida.[...] Com a efetiva participação comunitária é possível assegurar sustentabilidade e efetividade das ações de saúde.

CHAVES et all (2006)

A educação em saúde é reconhecida pelo seu potencial para a redução de custos junto a diversos contextos da assistência, por favorecer a promoção do autocuidado e o desenvolvimento da responsabilidade do paciente sobre decisões relacionadas à saúde. A educação do paciente é vista como questão importante, entretanto a efetividade de estratégias utilizadas para tal fim vem merecendo debates. A enfermagem apresenta forte potencial para a identificação apropriada dessas estratégias.

SANTOS et all (2005)

A educação do cliente tem como objetivo maior o seu engajamento para o autocuidado, aderindo ao esquema terapêutico e preventivo, a fim de que ele atinja o melhor nível de saúde, consequentemente,

a melhor qualidade de vida possível.

MACIEL e ARAUJO (2003)

A atividade educativa, como prerrogativa da enfermeira, evidenciou-se como algo bastante presente e, até mesmo, com reconhecimento por outros profissionais, como destacou uma das entrevistadas. [...] Concorda-se, plenamente, com essa referência, de vez que cabe à enfermeira desenvolver não só o atendimento direto ao cliente, mas também estratégias que possibilitem o ensino à comunidade, de medidas de promoção à saúde, exercendo, portanto, a função de educadora.

Os autores têm em comum a preocupação do ato de educar afirmando que este ato pode resultar na diminuição dos custos, maior adesão ao tratamento, maior engajamento do cliente no autocuidado, redução dos fatores de risco ligados aos maus hábitos (estilo de vida) e melhora na qualidade da assistência prestada ao cliente.

CONCLUSÃO

Pode-se afirmar que o ato educativo, assim como um medicamento específico, é uma ferramenta indispensável no tratamento de pacientes hipertensos, e que é papel intrínseco do profissional enfermeiro.

Portanto, o enfermeiro não pode se abster de prestar orientações acerca dos fatores de risco ligados à hipertensão bem como fornecer todas as informações acerca das condições de saúde do paciente a este, para que este possa estar ciente do tipo de tratamento, das limitações às quais estará sujeito, das medicações e demais procedimentos.

Deve-se estar perenemente em processo de educação continuada pois a educação qualifica o profissional, profissional de qualidade presta serviço de qualidade.

REFERÊNCIAS

· BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Brasília (DF): Ministérioda Saúde: 2001. Disponível em: URL: http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/reorganizacao_plano.pdf.

· MENEZES, A.G.M.P.; GOBBI, D. Educação em saúde e Programa de Saúde da Família: atuação da enfermagem na prevenção de complicações em pacientes hipertensos. O Mundo da Saúde, São Paulo: 2010;34(1):97-102.

· SILVA, C.L.; CUNHA I.C.K.O. O papel do enfermeiro na educação do paciente com Hipertensão Arterial Sistêmica. Rev Enferm UNISA, 2000; 1: 118-21.

· TOLEDO, M.M.; RODRIGUES, S.C.; CHIESA, A.M. Educação em saúde no enfrentamento da hipertensão arterial: uma nova ótica para um velho problema. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2007 Abr-Jun; 16(2): 233-8.

· SANTOS, Z.M.S.A.; FROTA, M.A.; CRUZ, D.M.; HOLANDA, S.D.O. Adesão do cliente hipertenso ao tratamento: análise com abordagem interdisciplinar. Texto Contexto Enferm 2005 Jul-Set; 14(3):332-40.

· RIBEIRO, J.K.S.R.; ARAUJO, C.R.D. Controle da hipertensão arterial: ações desenvolvidas pelos acadêmicos de enfermagem cursando as disciplinas de semiologia I e II e clínica I. XI Encontro de Iniciação à Docência. UFPB, 2007.

· OLIVEIRA, M.J.V.; PERSINOTTO, M.O.A. Revisão de literatura em enfermagem sobre hipertensão arterial na gravidez. Rev Esc Enferm USP, 2001; 35(3):214-22.

· CHAVES, E.S.; LUCIO, I.M.L; ARAUJO, T.L.; DAMASCENO, M.M.C. Eficácia de programas de educação para adultos portadores de hipertensão arterial. Rev Bras Enferm, 2006 jul-ago; 59(4): 543-7.

· MACIEL, I.C.F.; ARAÚJO, T.L. Consulta de enfermagem: análise das ações junto a programas de hipertensão arterial, em Fortaleza. Rev Latino-am Enfermagem, 2003 março-abril; 11(2):207-14.


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